terça-feira, 21 de setembro de 2010

EXERCÍCIO

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Hoje proponho um exercício.

Diferente dos que proponho todos os dias pra tanta gente. Ossos do ofício.

Só peço uma coisa: Tente imaginar a situação em toda sua plenitude e não se acanhe de pensar e imaginar no desenrolar da trama que lhes proponho.

Imagine:

Um mundo em que não exista dinheiro.

Como seria e qual seria a finalidade do trabalho?

O que faria das pessoas umas diferentes das outras?

O que faria umas terem mais do que as outras?

Vamos mais fundo?

Pq se produzem coisas boas e coisas ruins?

Imagine toda sorte de coisas.

Teria sentido fazer coisas diferentes pra pessoas que sem dinheiro seriam iguais?

Será que se fizessimos tudo para pessoas iguais a nós não faríamos só as melhores coisas?

Não seríamos mais justos?

Desculpe-me a viagem, é como eu disse, só um exercício
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PELA MANHÃ

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Mais um dia de chuva que trás a monotonia e a frieza.

Mais um dia preso em meio à encruzilhada dos caminhos que se mostram a minha frente.

Como eu queria vagar entre eles para conhece-los, sem compromisso.

E o frio na barriga? Confunde-se com o da manhã fria.

A única coisa que posso dizer é que to aprendendo, isso sem dúvida.

Alterno entre os sentimentos de saudade e tristeza e a perspectiva do futuro com aquela sensação que muita coisa boa me espera, vou calejando mais com o tempo, vou me preparando, me apego à fé e ao silencio, mesmo que pra uns a fé pareça pecado.

E meus amigos? Cada vez tenho mais e melhores, é o que se colhe com o exercício de não olhar só pro próprio umbigo, nunca fui muito de falar de mim mesmo. Gosto muito de ouvir.

Pratico hoje muito mais sinceridade do que antes, coisa que se consegue não só abrindo mais os olhos, mas principalmente o coração. 

Me perguntam se sou menos romântico do que antes.

O verdadeiro romantismo vem com a maturidade, não com o desacreditar da vida, mas com a serenidade que o tempo lhe trás.




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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre o sentido.

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    To com 29 anos e tenho, pelas vias naturais, mais uns 40 quem sabe até 50 anos pela frente.
   
    Tava pensando...E se nesses 40 e tantos anos eu não conseguir compra uma casa, um carro e etc..?

    No fim das contas qual foi a diferença entre quem teve muito e quem teve pouco? Entre quem gozou e quem não gozou dos bens, de quem foi governado por eles e de quem não foi?

    Prefere não pensar né? Remete à coisas que se desconhece como o que vem depois de tudo isso, tendo conquistado ou não o mundo.

    No fim das contas o que é que nos damos conta.

    Repito frase:

    "Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca tivessem vivido..."

                                                           Dalai Lama.

    Em busca de um sonho construído com areia, mas guiado pelo coração...

    É o que nos guia na sociedade mecânica sobre as engrenagens dos prazeres momentâneos como se vivêssemos para saciá-los, exatamente como o ato de caminhar, uma sucessão de desequilibrios que vamos corrigindo durante a existência, uma eterna lapidação do carvão ao diamante, aprendendo dia a dia um pouco sobre o sentido disso tudo.




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